Hardy Ebling nasceu na cidade de Taquara (RS), no dia 30 de dezembro de 1920, filho de Alfredo Ebling e de Helena Heimfath Ebling. Casou-se em 15 de outubro de 1959 com Lays Petersen, com quem teve dois filhos: Mario e Marcelo. Em 1945, concluiu a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), dando início a uma brilhante carreira. Três anos mais tarde, o cirurgião-dentista prestou concurso de Livre Docência na cadeira de Patologia e Terapêutica Aplicadas, defendendo tese sobre Histofisiopatologia da Dentina, saindo-se brilhantemente. Em 1952, foi bolsista da Fundação Kellogg na pós-graduação, sob a orientação do Prof. Paul E. Boyle, na Universidade da Pensilvânia nos Estados Unidos. Concorreu para a Cátedra de Histologia e Embriologia da Faculdade de Odontologia da UFRGS, sendo aprovado com distinção. Apesar de ser professor Catedrático de Histologia, continuava exercendo as atividades de docência e pesquisas na Cátedra de Patologia, onde era professor adjunto. Durante sua carreira, foi autor de diversos trabalhos científicos. Em 1967, publicou o livro “Cistos e Tumores Odontogênicos”. O sucesso da obra foi tamanho, que foram necessárias três edições para atender a demanda gerada pela comunidade odontológica, um feito notável para um compêndio tão especializado.

Dotado de imenso carisma, Ebling foi paraninfo e professor homenageado em diversas oportunidades, durante sua trajetória como educador. Além disso, seu trabalho científico foi amplamente reconhecido, sendo premiado com honrarias acadêmicas e científicas no Brasil e no Exterior. Também participou de inúmeras bancas de concursos e foi convidado a proferir conferências em diversos congressos nacionais e internacionais. Profissional respeitado e apaixonado pela ciência, também exerceu o cargo de consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi eleito membro do Conselho de Pesquisas da UFRGS e integrou os quadros da Academia Brasileira de Odontologia. Entre as principais distinções que recebeu estão a medalha de Honra ao Mérito da Academia Brasileira de Odontologia e comenda de Santa Apolônia, conferida pelo Sindicato dos Odontologistas de Porto Alegre (RS).

Faleceu prematuramente em 2 de junho de 1978. Sem dúvida, a comunidade acadêmica e científica, perdeu um dos professores e pesquisadores mais eminentes da história da Odontologia Brasileira e, é por isso e muito mais, que foi escolhido com justiça e merecimento como Patrono da Academia Gaúcha de Odontologia.